Thursday, June 22, 2006

sabe, agnaldo, acho que eu nunca vou encontrar alguém que realmente possa chamar de meu.
é.
assim, entende?! uma pessoa que seja tão igual a você a ponto de você não mais saber quem é. são tão iguais que passam a se completar. o amor dobra, sabe como é?

(agnaldo quieto, incauto, pensa. pensa?)

fala alguma coisa, homem!
e sabe, ai, é tão bom estar apaixonada.
é que você sente, mesmo sem querer, um nervosismo, agnaldo.
é.

(agnaldo, pasmo, arregala os, já grandes, olhos castanhos.)

não, seu tolo, é um nervosismo bom.
um nervosismo com ele....

(aurélia põe a mão ao lado esquerdo do peito e chora.)

Tuesday, June 20, 2006

e desconfigura-se o...

...é que o meu amor, com o tempo foi-se esvaindo.
eu sinto o teu cheiro de falsidade de longe, tenho asco.
minhas mãos suam.
meu coração, antes ritmado, anda em descompasso.
mas não te preocupas, meu bem.
meu coração calejado desaprende a amar a cada suspiro teu.

Friday, June 16, 2006

bilhete

é como um bilhete fechado no final de tudo...
sem nada escrito.

ele é amassado, com manchas.