Wednesday, November 29, 2006

amôrnimo (in)existente.

tão forte e vívido quanto o vento em dia de fúria.
tão impetuoso é isso que grita, que pulsa, e que cala dentro de mim.
é, eu sei. não te tenho mais em meus braços, doce margarida.
foste sonho, prosa, fantasia, ternura...música para meus não mais ouvidos.
de te esperei o mundo; mudo, eu sei; quieto e perplexo com o TEU! mundo.
hoje o sonho se faz sombra. (reticências que chegam a outrém)

- mas sombra?! (alguém se espanta). então dizes que, em teu sonho, existe uma luz,
uma penumbra que te desperta do sentimento sem nome, e, talvez até: inexistente?!

-não. eu nada digo.

-sim, mas dizes que o sonho se fez sombra, ora! não há sombra se não houver luz.

-é. talvez eu esteja fora de mim. mim? ou eu nem estar estou? mas é que...por um
instante eu pensei que...não. eu não pensei.

(um silêncio se faz)

-oh! amarga ilusão pensar de margarida, luz! mas é a tua luz que me alivia. que me
dá paz. oh, doce margarida! hoje durmo ao lado de outra mulher. sim, madalena
se vestiu de outra...
outra dor....sem sabor, sem odor, sem calor...
pobre decepção achar que um dia....
....

jerônimo cai.

Sunday, November 12, 2006

mudo em dois sentidos.

eu sou uma coisa óbvia.
amada.
e atrasada.
eu não ando.
eu quero mudar o mundo.
mas que mundo?
o meu?
(reticências)

eu tenho um mundo?
eu?!
é....
mudo. (...)