Sunday, July 09, 2006

o (des)sabor do nada

eu tenho medo.
medo de te perder...
dormir eu não consigo.
não conseguiria depois de tudo o que se passou.
é como se você sentisse medo até de ir dormir, sabe?
é.
medo dos pensamentos inevitáveis que aparecem antes de se deitar a cabeça ao travesseiro.
e meu travesseiro, será que ele resiste?
será que ele resistiria a tua falta?
resiste?
(r)existe?
não.

o meu pé fica quentinho, coberto.
o lençol tornou-se grande, de uns tempos para cá.
eu?
eu sou?
não, eu não sei.
camuflo-me em pensamentos sobre o eu.
eu?
não.
sobre o nada.
e camuflo-me, ainda, em pensasmentos teus.
teus, meus...nossos (ponto)
camuflo-me no tempo, com o tempo.
fico debaixo dos ponteiros, sem enxergar os números ao meu redor.
camuflo-me em canções, sermões, versos e palavras...e em monólogos de um gordo velho eu teço a minha solidão...
teço como um palavrão, jogado sem nenhum pudor, assim mesmo, meio a esmo.
é.
eu me faço, e (re)faço.
faço?
não.
eu não faço.
eu falho em tentar me fazer.
eu choro.
choro pelo amor.
choro pelo (des)sabor.

amor?
"o amor é você que inventa,jambo. pense nisso."
(L)

3 carta(s) na mesa:

Blogger mg6es said...

ter medo,
vazo sem fundo,
flor que resta,
nada mais, só esta.

[]/´s

10:58 AM  
Blogger Aya! said...

Sempre há lágrimas derramadas pelo amor.
Porquê?
Não deveria ser assim!
Mas é...
Amor, dói.

8:08 AM  
Blogger PÂMELA QUITÉRIA DAS EMPADAS said...

Agora foi que lembrei que o comentário que eu escrevi eu o fiz quando estava desconectada. HUehuiahuiehauiehiau. Aí eu nem lembro. Só sei que era de doido. Nhá. Depois eu me reinspiro. :*

7:59 AM  

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