Saturday, August 12, 2006

passo sem compasso

...
pois é.
é que com o tempo as olheiras não mais existem.
sim, elas persistem.
você esquece o tempo...às vezes até o vento.
gelado são seus olhos.
quente? talvez seu coração.

é um fim sem fim.
gente sem dente.
mundo mudo.
solo forte.
pisa, passa, bate, arranca...
chove, molha, seca, reflete teu olhar(...)
olhar claro, singelo...
te amo?
não.
não tenho mais certeza de nada...só das pestanas que batem em descompasso e me deixam horas admirando a escuridão do meu quarto.
posso te amar...talvez por um dia, ou dois....uma noite, uma eternidade.

feche bem os olhos.
acalme a alma.

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